Enzima de Restrição
A partir da década de 1970, ficou mais fácil analisar a molécula de DNA
com o isolamento da enzimas de restrição. Estas enzimas são
endonucleases, ou seja, no interior (daí o prefixo endo- dentro) das
moléculas de DNA, cortando-as em locais bem definidos.
São enzimas produzidas normalmente por bactérias e que possuem a
propriedade de defendê-las de vírus invasores. Essas substâncias
“picotam” a molécula de DNA sempre em determinados pontos, levando a
produção de fragmentos contendo pontas adesivas, que podem se ligar a
outras pontas de moléculas de DNA que tenham sido cortadas com a mesma
enzima. Em Engenharia Genética, a obtenção dos fragmentos de DNA serve
para criar, in vitro (em tubo de ensaio ou no laboratório), novas
moléculas, recortando e colando vários pedaços de informações.
Uma das primeiras enzimas de restrição a ser isolada foi a EcoRI,
produzida pela bactéria Escherichia coli. Essa enzima reconhece apenas a
sequência GAATTC e atua sempre entre o G e o primeiro A.
O local do “corte”, o local de uma enzima, é conhecido como sítio alvo.
Você pode perguntar por que essa enzima não atua no DNA da própria
bactéria? Isso não ocorre devido à existência de outras enzimas
protetoras, que impedem a ação das enzimas de restrição no material
genético da bactéria.
As enzimas de restrição reconhecem e
atuam sobre sequências específicas de DNA, catalisando a destruição de
uma ligação fosfodiéster entre dois nucleotídeos consecutivos ligados a
determinadas bases. Os nucleotídeos entre os quais a enzima corta, ou
seja, entre os quais promove a hidrólise, encontram-se no interior
dessas mesmas sequências específicas de reconhecimento (ver imagem).
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